Neozelandês e chilena deixam brasileiros para trás no Iron Brasil 70.3

Neozelandês e chilena deixam brasileiros para trás no Iron Brasil 70.3

Num dia ensolarado e com muito vento, o neozelandês Terenzo Bozzone e a chilena Valentina Prieto desbancaram os brasileiros e venceram a edição 2012 do Ironman Brasil 70.3, disputado nas proximidades do Parque Beto Carrero World, em Penha (SC) no último sábado (25/08). Os melhores brasileiros foram Fábio Carvalho e Suzana Festner, ambos na segunda colocação.

Direto de Penha (SC) - Mar agitado e com correnteza. Assim começou a edição 2012 do Ironman Brasil 70.3 na Praia da Armação para o primeiro trecho, de 1,9 quilômetro de natação. Assim que a largada foi autorizada, às 9h30, os quase 800 competidores tentavam vencer as fortes ondas e muitos eram ricocheteados de volta à beira mar.

Vencido o primeiro obstáculo, todos tinham até 1h30 para contornar as boias e chegar até a área de transição. O primeiro a sair da água foi Igor Amorelli, após aproximadamente 23 minutos, com Luiz Francisco Ferreira (Chicão), Guilherme Manocchio e Fábio Carvalho logo atrás.

O trecho de bike teve 90 quilômetros com um trajeto feito quase que integralmente pela Rodovia Transbeto, que liga o parque a outras estradas importantes da região e a briga pelaliderança ficou quase que totalmente entre Igor e Fábio. Companheiros de treino, eles alternavam a ponta e em diversos momentos conversavam e gesticulavam como forma de se motivarem.

Nos 21 quilômetros de corrida Igor e Fábio continuaram um duelo pessoal, mas o neozelandês Terenzo mostrou toda sua força ao encostar nos brasileiros e ultrapassá-los. Mesmo com um forte vento contra, o recordista e campeão mundial de 70.3 em 2008 abriu vantagem a quatro quilômetros do fim e não foi mais alcançado até cruzar a linha de chegada com o tempo de 3h52min53. 

“Foi minha primeira vez nesse evento e também no Brasil. Gostei bastante da prova e os meninos (Fábio e Igor) estão de parabéns, porque fizeram uma prova fantástica”, relata o campeão. “Gostei bastante da natação, principalmente com as ondas fortes. Eu surfava quando pequeno e achei aquilo sensacional. Eu me surpreendi com o forte vento, porque a meteorologia previa apenas uma pequena brisa”, completa. Agora ele pretende se recuperar para disputar com todas asforças o mundial da distância, em Las Vegas (EUA), no dia nove de setembro.

A segunda colocação só foi decidida nos metros finais, com um sprint de Fábio Carvalho para fechar em 3h53min59, apenas dois segundos à frente do terceiro colocado, Igor Amoreli (3h54min01). “Eu não sofri muito com o evento, mas como fiz bastante força durante toda a prova, tive muitas câimbras no final, o que me atrapalhou um pouco”, relata o atleta que estava se dedicando às competições olímpicas e aos poucos está voltando para as longas. 

Igor também se mostrou contente com o resultado e elogia o companheiro de treino. “Eu e o Fábio somos muitos amigos. Saímos para correr juntos, mas ele se distanciou e no final quase consegui chegar. Mas ele está de parabéns pelo resultado e merece muito”. 

Mulheres - No feminino, Carla Moreno foi a primeira a sair da água com mais de quatro minutos de diferença para Mariana Borges, segunda a completar o 1,9 quilômetro de natação. Carla continuou forte nos 90 quilômetros de pedal, mas foi alcançada pelas outras meninas e entregou a bike na quarta colocação, atrás de Suzana Festner, Mariana Borges e Valentina Carvalho.

Durante o trecho de corrida o vento começou a ganhar força, o que obrigou as triatletas a diminuírem um pouco o ritmo. Mariana abriu os 21 quilômetros na frente, mas acabou não sustentando a posição e viu a chilena Valentina Pietro ultrapassá-la para chegar em primeiro com o tempo de 3h47min20. Susana foi a segunda com 4h39min50, seguida por Carla com 4h43min49 e Mariana com 4h59min55.

“Foi minha primeira vez no Ironman 70.3 do Brasil e gostei muito”, conta Valentina, que mora e treina em Santiago. “A competição foi dura, principalmente com o vento forte na bike e na corrida. Mesmo assim consegui pegar a Mariana e a Suzana para ficar com a vitória”, relata a chilena que esse ano já havia sido vice-campeã no 70.3 de Pucón, no Chile, em março.

Susana, campeã ano passado, esse ano não conseguiu defender o título por não ter conseguido fazer uma boa preparação. “O começo do ano não foi muito bom, então vim tranquila e acabei fazendo uma boa prova. Eu sabia que a chilena tinha uma corrida forte, tentei correr junto, mas não consegui”, relata. Sobre o vento, para ela os problemas apareceram no fim da corrida. “Acabei correndo meio torta para tentar cortar o vento”, completa.

Já Carla Moreno fala que todos dever vir preparados para encarar as adversidades. “Os atletas têm que estar prontos para isso. Venho treinando há seis semanas e fiquei bastante feliz com o resultado final”. Depois de Penha ela volta a se dedicar à distância olímpica no Circuito do Troféu Brasil de Triathlon e também estará no 70.3 de Miami (EUA) no dia 28 de outubro.

Fonte: http://www.webrun.com.br/triathlon/n/neozelandes-e-chilena-deixam-brasileiros-para-tras-no-iron-brasil-703/13965