Velório de Wilton Franco começou no sábado e termina na segunda-feira.
Entre os amigos, o ex-diretor de televisão era considerado um mestre.
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Velório ocorre no Salão Paroquial da Igreja Matriz de
Parentes e amigos estiveram, neste domingo (14), no velório de Wilton Franco, em Penha, no Norte de Santa Catarina. O criador de 'Os Trapalhões' morreu aos 82 anos na manhã de sábado (13), após uma parada cardiorrespiratória. Franco era considerado um 'mestre' por seus amigos.
O velório começou neste sábado (13) no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Penha, e terminará às 17h de segunda-feira (15). O corpo será cremado às 19h de segunda no Crematório Vaticano, em Balneário Camboriú.
Renato Aragão mandou coroa de flores para o
Wilton tinha quatro filhos, cinco netos e quatro bisnetos. A neta Mariana Franco recordou, neste domingo, como o avô era uma pessoa alegre. "Ele fazia piada de tudo. Poderia ser a coisa mais trágica, mas ele conseguia fazer as pessoas rirem daquilo. Ele era uma pessoa diferente de todas que eu já conheci", disse.
Everaldo Dalposso, amigo que trabalhava com ele há 21 anos no Parque Beto Carrero World, afirmou que "seu Wilton era um grande mestre. Sempre nos orientava da melhor forma possível. Ele também era uma pessoa muito simples".
Frase que Wilton Franco costumava citar (Foto:
Já Kleber Ferreira disse que conheceu Wilton Franco quando o ex-diretor de televisão chegou ao município de Penha, para ser conselheiro no Parque. "Eu estava ao lado do Alex, filho do Beto [Carrero], e o Alex falou 'Kleber, gruda no seu Wilton, que você vai aprender muito'. É claro que eu sempre vou tê-lo como mestre".
Renato Aragão não pôde comparecer ao velório, mas mandou uma coroa de flores. Neste domingo (14), a família mencionou uma frase que Franco costumava dizer: "Um dia, quando eu partir, como e quando... não sei... da vida só quero levar, a vida que aqui levei."
Carreira
Carreira
Nos últimos 10 anos Franco trabalhou como consultor do Parque Beto Carrero World. “Cada vez que recebíamos algum jornalista renomado, perguntavam por ele. Ele sempre contribuía com dicas e era admirado e respeitado por todos os formadores de opinião que o conheciam, pelo trabalho que fez na TV Brasileira”, comenta Malu Barreto, Coordenadora de Comunicação e Imprensa do Parque Beto Carrero World.
Um dos diretores da TV Excelsior na década de 60, Wilton Franco reuniu quatro artistas para a criação do humorístico "Adoráveis Trapalhões" em 1966: Wanderley Cardoso (cantor da Jovem Guarda), Ted Boy Marino (lutador dos programas de telecatch), Ivon Cury (cantor e ator de chanchadas) e Renato Aragão, o Didi, que ganhava destaque no cinema e nas emissoras de televisão do Rio de Janeiro na época.
Como apresentador, atuou no programa "Balança, mas não cai" nos anos 50 na Rádio Nacional. Além de "Os Trapalhões", Wilton Franco ambém dirigiu "Essa gente inocente" nos anos 60 na TV Excelsior e "O povo na TV" na TVS (atual SBT) na década de 1980, programa que também apresentava. "Hoje é sábado" e "Moacyr Franco Show" foram outros dois programais dos quais ele dirigiu, ambos na TV Tupi.
A partir de 1988, "Os Trapalhões" passou a ter direção geral de Wilton Franco - e com redação final dele e de Renato Aragão - e a ser transmitido ao vivo, direto do Teatro Fênix. Com a morte de Zacarias dois anos mais tarde, o programa precisou ser reinventado. Com direção ainda a cargo de Wilton Franco e supervisão de criação de Chico Anysio, "Os Trapalhões" era dividido em duas partes, com shows musicais e esquetes com Didi, Dedé e Mussum contracenando com comediantes convidados. Franco deixou a direção do programa em 1992, sendo substituído no ano seguinte por José Lavigne.
