Transferência ocorreu próximo das 15h desta quinta-feira (20) em Itajaí.
Prefeito é investigado pelo pagamento de propina na compra de uniformes.
O prefeito de Londrina (PR), José Joaquim Ribeiro, preso no litoral de Santa Catarina, foi transferido para Londrina na tarde desta quinta-feira (20) próximo das 15h, pelo Grupo de Atuação Especial de combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Londrina.
Ele estava detido na sede do Gaeco de Itajaí(SC), onde passou a manhã desta quinta (20), aguardando a liberação da transferência, emitida pela Justiça de Santa Catarina.
Segundo informações do Gaeco, a suspeita é que ele estivesse se escondendo na cidade de Piçarras, onde foi preso no início da manhã desta quinta-feira (20) em um hotel. Ele é investigado pelo Ministério Público pelo pagamento de propina na compra de uniformes escolares no município paranaense.
A prisão preventiva de Joaquim Ribeiro foi decretada na noite de quarta-feira (19), em Curitiba, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Além dele, o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT) e mais 17 pessoas são suspeitas.
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Entenda o caso
Após a denúncia, o MP pediu o afastamento imediato de Ribeiro, que chegou a confirmar que recebeu R$ 150 mil de propina quando era vice-prefeito, mas disse que repassou o dinheiro para Barbosa Neto. Barbosa, por sua vez, negou qualquer envolvimento.
O advogado do prefeito de Londrina, Paulo Nolasco, entregou na manhã desta quinta ao presidente da Câmara Municipal, Gerson Araújo (PSDB), uma fotocópia do pedido de renúncia do cliente.
Contratos fraudados
A denúncia do Ministério Público atinge empresários, ex-secretários, o prefeito José Joaquim Ribeiro (PSC) e o ex-prefeito Barbosa Neto (PDT), apontado como chefe do esquema e cassado pela Câmara Municipal. Segundo o MP, os agentes públicos envolvidos fraudavam as licitações com as empresas com valores altos, para que o dinheiro pudesse ser desviado para eles na sequência. Desde 2010, foram feitas três licitações para compra de uniformes, envolvendo contratos de até R$ 8 milhões.
Foram constatados pelo menos 29 fatos criminosos, pelos quais foi pedido o afastamento de cargo e bloqueio de bens de alguns agentes. Foram detectados pelo menos sete pagamentos irregulares, envolvendo R$ 600 mil em propina. "A entrega de valores para os agentes públicos foi sempre em dinheiro, exigência dos próprios agentes públicos, para que não fossem identificados por meio de transferência bancária, ou outra, o recebimento dessa vantagem", explicou o promotor Cláudio Esteves.
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