Desde sábado (8), 20 famílias invadiram um terreno na cidade de Ilhota.
Prefeitura diz que famílias com casas destruídas já receberam moradias.
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Desde a noite de sábado (8), 20 famílias invadiram um terreno em Ilhota, no Vale do Itajaí de Santa Catarina. Nesta quinta (13), já são mais de 30 famílias e o acampamento não para de crescer. As histórias que os acampados contam são muito parecidas. São pessoas que perderam quase tudo o que tinham na enchente de 2008 e que, quatro anos depois, tentam refazer a vida.
No lugar do teto e das paredes, uma cobertura de plástico e o matagal que avança pelo interior do barraco. "A gente trabalha, ganha uma miséria, não dá para comer. Você vai ter que optar: ou come ou paga aluguel. Estamos nessa situação, sem água, sem luz", afirma a costureira Roseli Costa. De acordo com ela, os filhos de todos estão dormindo em casas de parentes.
Segundo a Prefeitura de Ilhota, o terreno que fica no bairro Vila Nova tem dono. Ele foi doado a uma empresa que quer a reintegração de posse. A administração também questiona o motivo da invasão. "Em 2008 nós realizamos um cadastro por orientação da Cohab. Todas as pessoas que tinham em mãos o laudo da Defesa Civil com interdição total de sua moradia foram contempladas com uma moradia", relata Rosi Voltolini, secretária de Assistência Social.
O pedreiro Carlos Borges afirma que nenhuma família que está ali pretende sair se tentarem fazer a reintegração de posse. "A gente não vai ofender verbal, nem fisicamente ninguém, mas a gente pretende não desocupar o terreno enquanto não houver uma decisão judicial", diz.
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